“Se eu vivesse tu morrias” chega ao Teatro das Figuras a 16 de fevereiro
“Se eu Vivesse, Tu Morrias” vai estar no Teatro das Figuras, a 16 de fevereiro.
Com texto e direção de Miguel Castro Caldas, a peça parte do pseudo-epitáfio de Robespierre (1758 - 1794): “Passante, não chores a minha morte, se eu vivesse tu morrias" (originalmente "Passant, ne pleure pas sur ma mort: - Si je vivais, tu serais mort.")
Um epitáfio que dita a impossibilidade da coexistência de duas vidas – a do passante e a de Robespierre, impossibilidade dessa que o Teatro reverte: tal como se lê na sinopse que introduz a peça, “o dramaturgo morre, e o ator ressuscita-o sem ele próprio morrer. Tomemos alguém que lê um texto em voz alta, em público, de papel na mão: estamos a deparar-nos com a simultaneidade da sua presença e da sua não-presença (tanto do texto como do leitor)."
Assim, é desejo "evidenciar a não-presença, a fantasmagoria, o outro acontecimento que não é aquele que os atores costumam afirmar como o aqui e o agora. Pôr ainda mais o morto em cena. Não vamos convocar os mortos para a vida, vamos convocar-nos nós para lá. E para isso pedimos ajuda ao texto que nos leve nesta viagem de morte."
O espetáculo conta com a conceção de Miguel Castro Caldas, Lígia Soares e Filipe Pinto; criação, som, vídeo e luz de Gonçalo Alegria; pré-produção de Marta Raquel Fonseca; produção executiva de Vânia Faria e Tânia Guerreiro; criação e assistência aos ensaios de Catarina Salomé Marques; Direção Técnica de Cristóvão Cunha e Coprodução da Culturgest. Tem ainda os apoios de GDA, AND Lab, Espaço no Tempo, Produções Independentes; Enseada Amena, Polo Cultural das Gaivotas – CML ., Fórum Dança.
Miguel Castro Caldas escreve para a cena e para o papel, traduz e dá aulas. Na Culturgest apresentaram-se já as peças Nunca-Terra, em vez de Peter Pan (2005), Repartição (2008), Nós Numa Corda (PANOS 2009) e Diálogos (PANOS 2015).
FONTE Make It Happen FOTOGRAFIA Vitorino Coragem