Teatro: "O Homem da Amália" chega amanhã ao Auditório Municipal de Albufeira

Estreou a 1 de outubro, no Teatro Armando Cortez, em Lisboa, onde esteve durante dois meses. Passou depois por Anadia e pelo Porto, onde encheu um Coliseu. Falamos d' «O Homem da Amália», que chega amanhã, dia 12 de fevereiro, ao Auditório Municipal de Albufeira, pelas 21 horas. A peça conta com a produção da Yellow Star Company, texto e interpretação de Virgílio Castelo e encenação de Paulo Sousa Costa.

"Virgílio Castelo quis muito que «O Homem da Amália» acontecesse, eu acreditei no projeto, encenei e levámos a palco" - conta Paulo Sousa Costa à Make It Happen. No fundo, «O Homem da Amália» é "a vida da Amália vista pelo olhar de um homem que a amava e que nunca conseguiu ver esse amor concretizado", resume o encenador.

Mas, sendo vasto o universo de devotos e admiradores de Amália Rodrigues, o que distingue este ao ponto de motivar a transposição desta história a cena? "Acima de tudo, por ser uma história ficcionada, que partiu da cabeça de um homem que quase enlouqueceu por amor." Em coexistência com essa ficção, há em «O Homem da Amália» um lado documental: "há excertos e momentos da vida de Amália que nos fazem reviver aquela que foi a Diva do Fado. Quem assiste a esta peça vê imagens e ouve músicas de Amália, e ainda fica a saber algumas histórias da sua vida."

Além de Amália, Virgílio interpreta 12 personagens que passaram pela vida da fadista, das quais é exemplo Ricardo Espírito Santo.

Questionado sobre os desafios que, enquanto encenador, subjazeram à montagem desta peça em particular, Pedro Sousa Costa reflete: "mais que desafio, um dos grandes objetivos era pegar na vida da Amália com o respeito, carinho e responsabilidade que tal implica. O desafio começou logo na construção do texto pelo Virgílio, a qual eu acompanhei: era preciso conjugar esse lado documental com a intenção de ser um monólogo que não fosse monótono. Neste sentido, houve um grande trabalho não só quanto à escrita, como na parte da criação e encenação: queráimos que fosse uma peça dinâmica, ativa, com ritmo. Também daí as 12 personagens: dão à peça uma cor diferente."


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