«Costa Vicentina Early Music Fest» traz sons antigos a Vila do Bispo

​Primeira edição do novo festival «Costa Vicentina Early Music Fest» convida ao diálogo intercultural e intemporal em Vila do Bispo.A Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe, em Vila do Bispo, acolhe a primeira edição do «Costa Vicentina Early Music Fest», de 31 de julho a 28 de agosto.
Organizado por O Corvo e a Raposa – Associação Cultural, o novo festival, é financiado pelo Programa Garantir Cultura, tem como parceiro institucional a República Portuguesa – Ministério da Cultura e conta ainda com o apoio da Direção Regional de Cultura do Algarve e Antena 2.
No último sábado de julho e todos os sábados de agosto, às 16 horas, a Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe, considerada um dos mais relevantes monumentos históricos na região, é palco de cinco concertos, que lhe devolvem a sonoridade dos instrumentos antigos, pela mão de vários artistas.
Com direção artística de Daniela Tomaz, tem como objetivo divulgar a música historicamente informada no Algarve, juntando músicos profissionais, nacionais e internacionais, que através da música antiga, promovem uma relação entre o passado e o presente, unindo diferentes culturas.
O festival inaugura no sábado, 31 de julho, com Ars Lusitana, trazendo a polifonia vocal de quatro dos principais cancioneiros Renascentistas portugueses: os cancioneiros de Lisboa, Elvas, Belém e Paris.
Nos quatro fins de semana seguintes, ouve-se o resultado de residências artísticas realizadas em Vila do Bispo por músicos portugueses e ensembles internacionais, que estreiam novos programas de diálogo musical, onde se vão poder ouvir sonoridades orientais, renascentistas ibéricas e até sonoridades antigas menos usuais como o repertório barroco mexicano e português.
Assim, no sábado, dia 7 de agosto, será a vez do projeto «Musica Ottomana y Kantikas Sefardí», com Izmir Baroque Ensemble.
No fim de semana seguinte, no dia 14, o coletivo luso-espanho Terrae Iberae, apresenta «Amor y Desdén – Canções occitanas e ibéricas».
O Ensamble Ditirambo leva a Guadalupe, no dia 21 de julho, o espetáculo «Portos», música do México e Portugal dos séculos XVI a XVII.
O programa «Heroínas» será interpretado pelos músicos portugueses Mariana Fabião, Ricardo Leitão Pedro e Teresa Madeira, com obras de Gabrielli, Castaldi, Kapsberger, Handel, Leitão Pedro e Zeca Afonso, encerrando o festival, no sábado, dia 28 de agosto.
Em paralelo aos concertos, o festival traz também três aulas abertas, dedicadas às temáticas dos concertos do ensemble respectivo, que acontecem no Auditório da Fortaleza de Sagres, nos dias 6, 13 e 20 de agosto, às 15 horas.
Os temas das aulas abertas são «Kantikas Sefardí» (6 de agosto); «Cordofones Históricos Dedilhados” (13 de agosto) e «Origens e evolução da música no México – séculos XVI e XVII» (20 de agosto).
Tanto os concertos como as aulas abertas estão sujeitos a reserva prévia, que deve ser feita através de email (ocorvoearaposacultural@gmail.com).
Os bilhetes para os concertos têm um custo de 5 euros e as aulas abertas têm o valor de 10 euros.
Com um programa eclético e rico, a «Costa Vicentina Early Music Fest» pretende demonstrar que «a música antiga não tem que ser antiga», que o presente não é necessariamente uma evolução em relação ao passado, e que é a riqueza do cruzamento de diferentes tempos, sonoridades e culturas, que mantém a música viva.
O Corvo e a Raposa é uma associação cultural sem fins lucrativos, sediada em Raposeira / Vila do Bispo, com atividade desde 2017.
Consulte o programa completo aqui.


FONTE Make It Happen   FOTOGRAFIA Costa Vicentina
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