Os ciclos de vida por Paula Chocalhinho

Adoro esta Teoria dos Septénios defendida pela Antroposofia, em que, de 7 em 7 anos passamos por um novo ciclo de vida, com as suas crises e as suas resoluções de desenvolvimento. ​

Vários são os autores que criaram teorias acerca do desenvolvimento humano, duas delas as mais conhecidas e estudadas nos cursos de psicologia, que são as de Erik Erikson (Teoria do Desenvolvimento Psicossocial) e de Freud (Teoria do Desenvolvimento Psicossexual). Envio alguns links em baixo para poderem aprofundar este tema se quiserem, de teorias que se complementam entre si, cada uma focando aspetos diferentes da psique humana.
Parece-me fascinante percebermos a fase em que nos encontramos e os desafios que nela moram, para tirarmos o melhor partido de cada fase, e também aliviarmos um pouco a pressão de acharmos que já deveríamos de estar muito mais à frente do que na realidade estamos.
​Nesse sentido, atendo muitas pessoas em crises pessoais ou existenciais a achar que aos 30 ou mesmo 40 anos já deveriam saber o que querem fazer da vida ou qual seria o seu propósito ou missão, e em desespero porque gostariam de mudar de direção e acham que é demasiado tarde, ou que não deveriam ter esses desejos nessa idade, porque tudo já deveria estar estabelecido.
Da mesma forma, que aos 30 anos já deveriam morar sozinhos/as, ou ter casa própria, já deveriam ter casado ou ter um companheiro/a fixo/a ou mesmo filhos. Terá de ser mesmo assim? Quem disse? A sociedade?

Isto é o que defendo: a vida, o propósito e a missão vão-se vivendo e descobrindo por tentativa e erro, seguindo aquilo que lhe interessa fazer, estudar e aprender.

​Quem é a sociedade? Os pais, os amigos, os colegas de trabalho? Sim, todos somos sujeitos a expectativas do exterior, mas quer saber uma coisa? A sua vida vive-a você, e pode vivê-la da forma que quiser, ponto.
Você decide quando é hora de mudar de direção, fazer diferente, casar ou não, ter filhos ou não, trabalhar das 9h às 17h num emprego fixo e estável, a contrato, ou sair de mochila às costas e correr o mundo durante 6 meses, ou tornar-se empreendedor/a e iniciar um negócio por conta própria, ou mesmo iniciar uma nova formação e entrar na universidade num curso que sempre quis mas nunca teve a coragem ou a oportunidade de seguir.

Isto é o que defendo: a vida, o propósito e a missão vão-se vivendo e descobrindo por tentativa e erro, seguindo aquilo que lhe interessa fazer, estudar e aprender. Não há manuais, há a sua experiência individual, e se se baseia na comparação há sempre pessoas mais decididas, mais conformadas, ou mais bem sucedidas que você em várias etapas de vida e com várias idades, vai sentir-se sempre de menos.

Mas o que interessa isso, onde estão os outros? Interessa é onde você está e o que quer fazer daqui para a frente. Veja essas pessoas como modelos, como exemplos, veja como elas fizeram para chegar lá, o resto é tentativa, suor e lágrimas do seu trabalho. Mas acima de tudo, e isso é fundamental, invista no seu autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Vai ver que vai ser isso que o/a ajuda a chegar lá, exatamente onde quer chegar, ainda que hoje não o consiga ver.

Leia mais sobre estas teorias das quais falei aqui:

O Terceiro Ato
A Mente é maravilhosa
Saude Interior


Paula Chocalhinho

Psicóloga Clínica & Hipnoterapeuta, a formar-me em Constelações Familiares e apaixonada por processos de desenvolvimento pessoal e terapias holísticas, procuro trabalhar as pessoas que me chegam nas suas várias vertentes. Ao serviço do colectivo e ao serviço de quem se quer desenvolver, transformar e superar. ​

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