The Last Black Rhino: “a nossa ideia é dar a cada música aquilo que achamos que ela merece”

Os The Last Black Rhino surgem em Évora, em 2019. Composta por Joaquim Pena (voz e guitarra), Álvaro Lancinha (guitarra), Pavlo 'Koro' Korotash (baixo), Rodrigo Lino (saxofone) e Manuel Rico (bateria), a banda apresenta uma sonoridade que se situa algures entre o folk e o indie rock. Acabam de lançar o seu tema de estreia, Every Wave, e prevêem lançar o seu primeiro EP em 2021.

Como surgiu a banda? ​
A banda nasceu da amizade entre o Joaquim e o Álvaro e, após uma conversa entre eles, o Joaquim apresentou alguns temas seus, que estavam na gaveta. Nesse momento ficou decidido que as músicas tinham de ver a luz do dia e foi por aí que começámos.

The Last Black Rhino é um nome curioso para uma banda. Quem teve a ideia?
Já sabíamos que essa pergunta teria de aparecer (risos). Não há nenhum significado especial ou pessoal. O nome surgiu porque na altura em que o Joaquim escreveu as canções tinha lido alguns artigos acerca da quase extinção do rinoceronte preto e sobre os esforços desenvolvidos para evitar esse desfecho. Achámos piada ao nome e acabou por ficar.

Every Wave é a primeira música do EP de The Last Black Rhino. Há quanto tempo planeavam este EP e como está a ser esta experiência e a recetividade do público?
Na verdade, não pensámos muito nisso, apenas em fazer música que fosse do nosso agrado. A gravação apenas surge como um passo natural no processo de crescimento da banda. Até agora, a recetividade tem sido excelente! Estamos muito contentes com o resultado e o trabalho em estúdio foi absolutamente determinante. Neste momento continuamos a trabalhar para que o EP seja uma realidade em 2021.

A nossa ideia é dar a cada música aquilo que achamos que ela merece e no final vemos o resultado.

Quais são as vossas maiores influências musicais, portuguesas e internacionais?
Cada um de nós tem influências bem distintas: o Rodrigo e o Manuel vêm do jazz enquanto o Koro é mais adepto do metal e rock sinfónico. Já o Álvaro e o Joaquim são bastante influenciados pelo rock alternativo e algum indie rock/folk. Ao mencionar aqui nomes de músicos ou bandas que nos tenham influenciado corremos o risco de condicionar o público de alguma forma, pois automaticamente procuraria essas referências na nossa música. É claro que gostamos bastante quando nos dizem que reconhecem um pouco disto ou um pouco daquilo, mas entre nós deixamos esse exercício de lado. A nossa ideia é dar a cada música aquilo que achamos que ela merece e no final vemos o resultado. O importante é ficarmos contentes com o resultado.

O que pretendem transmitir com a vossa música?
Que gostem do nosso trabalho e que se divirtam a ouvi-lo, sem pretensões.


São uma banda que vem do Alentejo, mais propriamente de Évora. Na generalidade, como veêm o panorama cultural da cidade?
Essa é uma questão difícil de responder em poucas palavras porque é um assunto complexo. Évora é uma cidade que respira cultura, repleta de artistas e de pessoas que trabalham bastante para que a oferta cultural seja constante. Existem bastantes associações culturais que fazem muito com muito pouco e esta nova realidade que temos está a colocar novos desafios a todas elas, sem exceção. Temos belíssimos músicos aqui, que possuem uma criatividade imensa e é um privilégio para nós sermos bons amigos da maioria e podermos aprender com eles também.

Tendo em conta a situação cultural actual, que perspectivas têm para o vosso grupo? ​
Neste momento estamos concentrados na produção e gravação do EP que esperamos lançar no próximo ano, e a partir daí vamos pensar no nosso primeiro álbum. De facto, a situação da Cultura em Portugal é preocupante, mas tentamos que isso não seja obstáculo à criação.​

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